Pão francês: com ou sem miolo, eis a questão!

Essa semana, li uma  discussão em um post do facebook envolvendo uma questão em torno do porque de se “tirar o miolo do pão francês e não comê-lo,  ou o porquê de se consumir a metade de um pão francês com o miolo, e o que teria de diferente entre a massa do miolo do pão francês para a massa da casca. Claro que eu não respondi a questão ali, pois não era algo relacionado à minha pessoa, mas fiquei muito triste de ver gerar uma discussão em torno de dúvidas, que para nós nutricionistas, são muito simples de se responder.

Foi então que notei que se tratava de um público que buscava informações apenas da internet, sem se preocupar se era uma fonte confiável ou não - no caso aquela era sim confiável - e pareceu que nunca haviam procurado um profissional qualificado para sanar dúvidas sobre o assunto, pois quando em nossas prescrições há alimento desse grupo, ensinamos como substituí-lo adequadamente e o porquê destas substituições!!

Pensando nisso, resolvi deixar uma breve explicação do motivo em que se é sugerido o consumo de:

-       um pão francês inteiro;

-       ou meio pão francês com miolo;

-       ou um pão francês inteiro sem o miolo.

O exemplo é o seguinte: Se sugiro meia porção do grupo dos pães, e a sua escolha for o pão francês, em minha lista de substituição o pão francês inteiro de 50g vai corresponder a uma porção. Então você pode escolher comer: meio pão francês com miolo, ou um pão francês inteiro sem o miolo.

Normalmente,  isto fica a cargo da preferência de cada paciente, se ele gosta do miolo ou não, se a sua digestão é fácil ou não (pois a casca do pão é de mais fácil digestão que o miolo, onde a mesma ao ser assado em alta temperatura atinge uma reação chamada de maillard, que faz a digestão desse carboidrato ser um pouco mais facilitada.)

Se a sua escolha é fazer um sanduíche com esse pão, pense que usando um pão francês inteiro sem o miolo, ele vai aparentar um belo sanduíche, após você rechear ele com  uma porção de proteína (carne, ovo, peixe, queijo, etc) e outra de vegetais (rúcula, tomate, cenoura, alface, pepinos, etc.). Agora, se você gosta muito daquele miolo quentinho que acabou de sair da padaria, você pode optar por consumir meio pão francês com miolo, com uma deliciosa fatia de queijo frescal, tipo minas , umas rodelas de tomate salpicado com orégano - pois a sua digestão está em dia, não é mesmo?

O que eu gostaria de deixar claro, é que para nós nutricionistas, sempre a um motivo para o que prescrevemos para sua alimentação, ela é feita exclusivamente para você, para as suas necessidades, seus gostos pessoais, e o principal, com o embasamento cientifico necessário para suprir necessidades específicas de cada pessoa. Não se define uma dieta no “achometro”, ou por modismo, ou pelo simples motivo que eu gosto ou não de algo, mas sim  por que estudamos, e continuamos estudando sempre, para passar sempre o melhor a quem venha nos procurar.